Tour Dakar Argentina/Chile 2010 terminado com sucesso!

No dia 14 de Janeiro de 2010 chegámos por fim a Buenos Aires. Foram 6.000 km de muitas experiências, grandes paisagens, estradas de rípio, de terra e de alcatrão, um excelente acolhimento por parte do povo argentino e chileno, grandes sensações ao viver por dentro o Dakar, e muito, muito prazer a andar de moto. Claro que não faltou um ou outro imprevisto que preferíamos ter evitado, mas isso faz parte integrante das grandes viagens, em particular de uma experiência tão intensa e cheia como foi este tour.

O balanço são 14 dias de expedição aos lugares mais bonitos do norte da Argentina e do Chile, em que todos os que saímos de Buenos Aires regressámos à capital argentina sãos e salvos, com muitas histórias para contar e um albúm de fotos único.

Em 2011 o Dakar irá visitar a Tunísia e a Líbia. Lá estaremos.

Décimo-segundo e décimo-terceiro dias: o regresso de Mendoza até Buenos Aires

Os dois últimos dias da viagem foram marcados por um regresso tranquilo pelo meio da pampa argentina. Longas estradas, vastas extensões de planícies verdes e uma etapa de pernoita em Villa Mercedes onde, para variar, jantámos boa carne acompanhada por Malbec.

Décimo-primeiro dia: La Serena - Mendoza

Um dia comprido com 710 km e passagem da fronteira do Chile para a Argentina pelo Aconcágua, o cume mais alto do continente americano com 6,962 mts de altitude. Almoçámos num boteco de estrada pitoresco, o Camaleón, a cerca de 800 mts de altitude e nos seguintes 50 km ainda do lado chileno a estrada era sinuosa e sempre a subir até aos 3.000 mts de altitude na fronteira.

Pouco mais à frente, já do lado argentino, tinhamos a entrada para o Parque Provincial Aconcágua, onde fizemos um pequeno percurso a pé até ao mirador onde se pode ver o cume sempre com neve do Aconcágua. A descida do lado argentino é de uma beleza fantástica, com uma estrada de curvas bem lançadas a acompanhar o vale largo de um rio seco com pormontórios altos numa das margens. Passámos ainda por Puente del Inca, onde um antigo hotel termal agora abandonado ganhou cores curiosas com o enxôfre das águas que ali passam.

Na fronteira fomos entrevistados por um jornalista castiço de uma TV brasileira que andava por aquelas paragens e ficou em êxtase quando viu que éramos portugueses.

O Jorge e o António mandam um abraço para todos na CBM.

Décimo dia: Copiapó - La Serena

340 km pela Pan-Americana em direcção ao sul. De manhã, antes de seguir viagem, fomos ao acampamento do Dakar ver os preparativos antes do arranque da etapa desse dia. Mais tarde fomos vê-los a chegar ao fim da especial e finalmente seguimos em direcção ao nosso destino, La Serena, pelo mesmo troço de ligação do Dakar.

Nono dia: Antofagasta - Copiapó

570 km pelo deserto de Atacama. Sempre direcção sul. Sempre areia e pedras. Sempre castanho. Sempre lindíssimo. Todo o trajecto foi a rolar pela Pan-Americana, que nesta zona do Chile corresponde à Nacional 5, com as suas intermináveis rectas. Em parte da rota fomos a acompanhar o Pacífico. Parámos mais uma vez para ver o Dakar passar, numa zona especialmente arenosa onde os carros se enterravam completamente.


Parámos na Mano del Desierto, como não podia deixar de ser, onde encontrámos um canadiano um bocado avariado dos pirolitos.